quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pré-natal: conheça os exames e quando fazê-los

Antes de engravidar
Quando se tem uma gravidez planejada o ideal é que a mulher procure seu médico ginecologista para fazer um verdadeiro check-up geral, pensando na futura gestação. Com isso o médico irá verificar o estado geral de saúde da mulher. 
Deve-se checar se há possibilidades de disfunções genéticas na mulher, no parceiro ou no histórico familiar dos dois, pois se necessário irá precisar de um tratamento específico. 
Rever se há fatores de risco para a gravidez. Saber se a mãe faz uso de álcool, fumo, drogas, como é seus cuidados com a sua alimentação. 
Ver se há necessidade de prescrever vitaminas (contendo normalmente ácido fólico, ferro e cálcio) 
Fazer um curso de gestante pode ser legal para começar entrar no clima de gestação. 


1º mês
O ideal é que a gravidez seja confirmada ainda no primeiro mês, e que a mãe inicie os exames pré-natais, esses primeiros exames são: 
  • Tipagem de sangue ABO e Rh. 
  • Hemograma. 
  • Pesquisa de Diabetes, Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Hepatite, HIV 1 e 2. 
  • Cultura de urina . 
  • Protoparasitológico de fezes.

2º mês 
  • Ultra-som transvaginal para verificar se o embrião está bem implantado no útero, define com mais precisão o tempo de gestação e se ela é múltipla.

3º mês 
  • Ultra-som de alta resolução, que é capaz de detectar a anencefalia aproximadamente na 10ª semana ou excluída por um exame de ultra-som até a 16ª semana de gravidez.

4º mês 
  • Amniocentese e biópsia de Vilocorial, este exame é indicado para gestantes acima dos 35 anos ou para quem está abaixo desta idade; mas tem histórico familiar de doenças cromossômicas como a Síndrome de Down. 
  • Translucência nucal este exame é mais indicado para gestantes abaixo de 35 anos, sem histórico familiar de doenças cromossômicas. Um ultra-som transvaginal ou abdominal mede a espessura da nuca do feto e identifica o risco deste tipo de problema.

5º mês 
  • Ultra-som morfológico tem como objetivo mostrar o feto em detalhes. 
  • Ecocardiografia fetal que é indicado para portadoras de doença cardíacas congênitas ou com histórico familiar de doenças cardiovasculares, este exame procura sinais de má-formação cardíaca e é feito através de um ultra-som pélvico.

6º mês 
  • Exame de sobrecarga de glicose, que é também conhecido como teste de O Sullivan (GPD), ele avalia a incidência de diabetes gestacional e é realizado através da mensuração da glicemia após a ingestão de líquido com grande quantidade calórica. 
  • Ultra-som morfológico com Doppler que vai analisar os ossos, órgãos e fluxo de sangue no bebê no cordão umbilical e nas artérias uterinas detectando cerca de 90% das más-formações existentes, além de verificar se o feto está do tamanho correto.


7º e 8º mês
  • Ultra-som que é um exame rotineiro para checar peso do bebê, a quantidade de líquido amniótico e funcionamento da placenta.

9º mês 
  • Ultra-som, sendo que o último acontece normalmente entre a 36ª e a 39ª semana, sendo de grande importância acompanhar a movimentação do bebê no útero, pois está chegando a hora do parto. 


Observação: É importante que em cada consulta pré- natal verificar o peso, a pressão arterial e altura do útero da gestante, além de ir pensando no tipo de parto que irá ser feito.


Exames adicionais
  • Ordocentese que é indicado apenas em casos excepcionais por ser um dos exames com maior risco de aborto (cerca de 2%), é feito após a 20ª semana e tem por objetivo detectar alterações cromossômicas, doenças congênitas, infecciosas e sanguíneas. É realizado retirando-se uma amostra do sangue que circula no cordão umbilical do feto. 
  • Ultra-som 3D E 4D sua grande vantagem é mostrar resultados com volume e movimento do feto e é utilizado mais como confirmação do ultra-som normal, ajudando a visualizar melhor defeitos como por exemplo o lábio leporino.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Técnica do copinho

                O uso de mamadeiras e chuchas não é aconselhável para os bebês que se alimentam no seio materno, uma vez que confundem o bebê, pois a forma de sugar no seio é completamente diferente da forma como se suga os bicos artificiais, com isso pode ocorrer grande risco de desmame, ou seja, do bebê recusar o seio materno. No seio o bebê utiliza diversos músculos da face para sugar, assim como a musculatura da língua, entre outras estruturas, o que gera um crescimento craniofacial adequado. Na mamadeira ou chuquinha, o bebê faz pouquíssima força, não sendo a forma ideal de amamentação caso a mãe e o bebê tenha perfeitas condições para amamentação no seio materno. No caso da mãe precisar se ausentar para trabalho ou estudo, podemos oferecer este alimento precioso através de utensílios que manterão o aleitamento materno.

A mãe deve fazer a ordenha manual como foi ensinado na postagem anterior, e o leite deve ser ofertado por uma pessoa próxima à criança na falta da mãe. Nesse momento pode-se utilizar a técnica do copinho. O mesmo deve ser pequeno (copinho de café, copinho de aperitivos), enfim, qualquer copinho que não tenha nenhuma saliência no rebordo e que possam ser lavados e fervidos.
Antes de ofertar o leite ao bebê é preciso que se aprenda a forma correta, segue algumas dicas.

             1. A posição deve ser confortável para a criança e para quem for oferecer o leite no copinho, na posição sentada ou semi-sentada com a cabeça elevada.
                 2. A criança deve estar calma, pois agitada será impossível fazer o procedimento. Procurar um local calmo e confortável.
3. É importante conter os braços da criança para evitar acidentes com o copo, porém sem fazer força, deixando a criança nervosa ou com desconforto.
4. Posicionar a criança verticalmente ou quase verticalmente é extremamente importante, uma vez que muito deitada poderá ingerir uma quantidade grande de leite, não irá conseguir sugar, além de correr o risco de penetrar leite na tuba auditiva, podendo gerar otite.
5. O copo deve ser colocado gentilmente no lábio inferior.
6. Inclinar o copo levemente para que a criança sinta o leite no lábio inferior.
7. Nunca despejar o leite dentro da boca do bebê.
8. A criança deve “lamber” ou “sugar” o leite para depois deglutir (engolir).
9. Interagir com a criança durante a alimentação e ter paciência vai ser um diferencial para que tudo ocorra da melhor forma possível.
10. Oferecer o leite no copinho até que a criança mostre sinais de estar saciada (ex.: mostra-se com sono ou não sugar mais o leite do copinho).




Como e quando fazer a ordenha manual?

Primeiramente a ordenha vai ser aconselhada para estimular a produção de leite.

Deve-se fazer a ordenha manual em mães que produzem muito leite, retirando o leite entre as mamadas, pois não retirando pode gerar um acúmulo de leite (mastite). A mastite é desconfortável para mãe, doloroso, a mãe tem sensação que tem nós na extensão do seio, podendo ter febre e calafrios, é uma infecção, que por sua vez deve ser tratada com antibióticos, sempre procurando um médico para se ter as orientações.

Utiliza-se também a ordenha manual quando tem que oferecer o leite materno ao bebê quando a mãe está ausente, e outra pessoa irá ofertar o leite para o bebê.

A ordenha deve ser feita de forma correta para não correr o risco de contaminar o leite, ou que a ordenha seja desconfortável e dolorosa para mãe.
         

Seguindo os seguintes passos a ordenha será eficiente confortável.



  • Procurar um local calmo e tranqüilo, o relaxamento vai estimular a produção de leite. 
  • Fazer compressas de água morna por 5 minutos em média antes de iniciar o procedimento de retirada do leite. 
  • Prender os cabelos e cobri-los com uma touca ou lenço. 
  • Lavar e esterilizar as mãos e antebraços. 
  • Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca. 
  • Primeiramente deve-se massagear os quadrantes do seio.



  • Posteriormente estimular levemente os mamilos, rodando-os entre os dedos de forma bem suave.
  • Coloque o polegar sobre a mama, onde termina a aréola e os outros dedos por debaixo também, na borda da aréola e comprima até obter o leite, sendo que os primeiros jorros de cada mama deve ser desprezados. 
  • Logo após coloque o potinho esterilizado abaixo do mamilo, e não embaixo da aréola, para não escorrer o leite até o pote, e sim ir caindo direto no pote.



  • Vá alternando as mamas.
  • Tampe o potinho e coloque a data com uma etiqueta. Existe no mercado potinhos próprios para armazenar o leite, porém pode-se utilizar outros potinhos desde que sejam esterilizados de forma correta. 
  • Levar diretamente para o congelador onde o leite terá durabilidade de 3 meses. 
  • Para ofertar o leite a criança deve-se descongelar lentamente, deixando-o na geladeira fora do congelador; agite o recipiente com leite em água quente, mas não deve ferver, por exemplo, debaixo da torneira, com água quente e corrente; não recomenda-se o uso do microondas; depois de descongelado use-o dentro de 24 horas; e não volte a congelar o leite que já descongelou.
          
Deve-se tomar cuidado com o uso das chuquinhas e mamadeiras, para o bebê não largar o peito. O mais indicado em caso de bebês que mamam no peito e em alguns momentos precisar ser alimentado com o leite coletado do seio da mãe, deve-se ofertar o bebê com o uso do copinho, para não desmamar cedo o bebê, porém essa oferta deve ser aprendida, para fazer de forma correta (veja sobre a técnica do copinho na postagem seguinte).

Amamentando gêmeos

               No caso de gêmeos a mãe pode ter capacidade fisiológica para amamentar, o que deve ser avaliado é se a mãe terá condições psicológicas para exercer essa função, uma vez que será mais trabalhoso e desgastante do que a mãe que tem somente um bebê.
               Caso esteja tudo bem com essa mãe, ela pode e deve amamentar os bebês, sendo o ideal amamentar os dois ao mesmo tempo. Quando falamos nesta situação pode parecer impossível. Para ocorrer tudo bem a mãe deve procurar posições confortáveis para amamentar.
               É muito utilizado o travesseiro em forma de ferradura como já vimos na postagem anterior, fazendo as adaptações para amamentar os dois bebês.
               É importante pedir ajuda de alguém nesse momento caso sinta dificuldade de fazer sozinha. Deve-se lembrar de escolher um ambiente confortável e calmo, onde a mãe e os bebês sintam-se relaxados.


               Segue algumas posições que a mãe poderá tentar e ver qual é mais confortável.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Dicas de Amamentação


          Quando pensamos em amamentação devemos pensar no bem estar da mãe e do bebê, e para que isso ocorra de forma adequada algumas questões devem ser pensadas. 
         A mãe deve estar em primeiro lugar bem calma e disponível para amamentar o bebê, é importante também estar com os ombros relaxados. Em seguida deve pensar em um lugar confortável e calmo, que sempre possa ter seu momento de amamentação tranquilo. Deve-se ter conforto, tendo um apoio para as costas, sem ficar muito inclinada para trás, os pés devem ficar apoiados, mantendo as coxas retas e paralelas ao chão, para que não tenha que ter esforços da musculatura ao amamentar o bebê. No início, quando o bebê é bem pequeno é aconselhável colocar os pés para cima durante a amamentação, pois a circulação sanguínea ainda estará voltando ao normal depois do período de gravidez.
         Para maior conforto e praticidade deve-se utilizar almofadas de amamentação ou mesmo almofadas comuns para apoiar o bebê. Em seguida deve-se levar o bebê até o peito, e não o peito até o bebê.
          Existe um tipo de almofada de amamentação muito interessante e que tem uma boa aceitação pelas mães que utilizam, pois ela tem um formato de ferradura, o quepermite encaixar ao redor do corpo da mãe, apoiando as costas e o bebê ao mesmo tempo.
         A criança deve fazer a pega no seio de boca aberta, abrangendo toda aréola, pois se pegar só o mamilo pode causar rachaduras comprometendo a amamentação, e gerando desconforto e dor para mãe. O lábio de baixo e a língua da criança precisam chegar ao peito primeiro, e ficar o mais longe possível do mamilo. Ele terá que estar com a cabeça ligeiramente inclinada para trás, assim o que se aproxima antes é o queixo do bebê.
            Uma dica para facilitar é antes de colocar o bebê no peito, molhar o bico do seio e na aréola com o próprio leite. Assim, quando os lábios do bebê encostarem no seu peito, por reflexo ele automaticamente abre o boca.
          Quando aproximar o bebê, com a cabeça um pouco inclinada para trás, e ele abrir a boca, coloque-o rapidamente no peito, lembrando de posicionar o lábio inferior a uma boa distância da parte de baixo do mamilo. Se precisar, ajude-o a abrir a boca puxando um pouco o queixo dele para baixo, com delicadeza. Você pode fazer isso mesmo que ele já esteja mamando, para entrar mais peito ainda na boca dele. O bebê deve estar abocanhando bem o peito, pegando a aréola, em torno do mamilo, deixando-a aparecer o menos possível. 
          Com essas dicas a amamentação pode se tornar mais prazerosa e confortável tanto para mãe quanto para o bebê.